Continuação deste post Aqui e pra quem não leu a primeira Aqui.
Encontrar o coordenador não foi tão difícil assim, pois no geral os inspetores sempre sabem onde estão os professores (geralmente), foi um pouco custoso pra minha amiga na verdade, porque eu já estava quase desistindo. Quando ela o achou dando aula a resposta foi um tanto quanto ridícula: “- Já está tudo certo, encaminhamos todos os papéis pro professor e o nome dele está na lista, basta ele ir, a não ser que deu problema com a gerência.” (foi mais ou menos isso o que ele disse segundo a minha amiga) OK, já sabíamos que não havia problema algum com a gerência ou com qualquer outra instância mandante da instituição, agora só nos restava uma dúvida: Porque cargas d’água o professor/ mau – humorado insiste em dizer que faltam papéis?
Isto saberíamos bem depois, ou não, pois até hoje fico pensando nisso tudo e simplesmente não consigo chegar a uma conclusão plausível.
Resolvemos então que iríamos esperar com todo mundo e simplesmente colocar nossas bagagens no ônibus e finalmente ir pra Curitiba. Enquanto esperávamos, o outro professor (lingüiça) estava conferindo a lista do 'check – in' para o professor/ mau – humorado e preguiçoso, chamou o João e tudo mais, assinamos tudo o que tinha pra assinar, inclusive uma autorização que nós mesmos autorizávamos a nossa ida a Curitiba (? Até eu não sei explicar).
Ficamos (eu e o João) conversando parados próximos aos outros alunos que iriam à viagem e contando o causo todo pra outra amiga que não quis participar da saga toda, apenas no início. De repente o professor/ mau – humorado chega e pergunta dos tais papéis, nós na pura inocência explicamos que não era necessário e dissemos que já havíamos falado com todo mundo (coordenador e gerente) a respeito, portanto estava tudo certo (não desse jeito). Ele com o cara mais mau humorada do mundo disse: “- Não está tudo bem, eu quero o papel assinado à mão pela própria gerente (o "a mão” dele foi bem enfatizado)... o João replicou, treplicou, mas nada feito. Ele deveria achar a gerente de novo e pegar o tal do papel, só que agora com um agravante: só restavam aproximadamente uns 15 minutos pra ele fazer isso, pois estávamos atrasados demais e logo sairíamos.(Vale ressaltar aqui que o professor/ mau – humorado foi enfático em dizer que ele tinha um tempo bem curto pra isso).
Eu desisti da saga e parei pra conversar com a amiga não participante, logo o meu ânimo seria derrubado novamente com a chegada de outro “amigo” com a pergunta: “- Esse menino é amigo de vocês?” respondemos que o conhecíamos apenas e perguntamos o porquê dele querer saber isso e a resposta foi:
“– Não, é que o pessoal achou que era amigo de vocês e que ele vai com agente sendo de fora, ai eles acharam injusto porque se for assim eu também queria ter chamado um amigo de fora, mas se ele é da faculdade...”
Vamos e convenhamos, pra quê iríamos querer levar “alguém de fora” sendo que é uma viagem TÉCNICA? Apenas pessoas com pouco conteúdo encefálico poderia pensar nessa hipótese, mas quem haveria de causar tanta intriga? Resposta: A galerinha do mau! Óbvio!(leia – se: pessoas que sentam do lado oposto da sala e que só existem na faculdade a fim de encher o saco alheio, sendo que não sabem fazer outras coisas além de: ficar de DP, colar nas provas ou chegar bêbados as aulas (ou sair para beber durante as aulas)).
Não precisa explicar aqui o quão estressada eu fiquei, já que nem amiga do cara eu sou.
Passaram – se os minutos e eu simplesmente resolvi não me preocupar mais, afinal o problema não era meu e eu não queria me queimar com o professor/ mau – humorado. Só que essa fase zen não durou muito!
Colocamos as bagagens no ônibus e adentramos (arrastando a amiga mais solidária ao João), sentamos e eu disse a mim mesma: “Pronto agora vou dormir um pouco e...” meu pensamento foi interrompido pela visão do João correndo atrás do ônibus que começara a andar e batendo no lado do mesmo até o motorista resolver parar, pois o João gritava: “- Para o ônibus, para o ônibus! Eu vou também!!! Para!” e o motorista (vulgo Tio Roberto) bonzinho do jeito que é não resistiu (pra nossa infelicidade).
Nunca orei tanto em tão poucos minutos. Pedi a Deus que ele não entrasse no ônibus, porque agora já tinha sido inconveniente demais... De repente ele sobe!
E o professor troca umas poucas palavras com ele, logo em seguida a gerente que troca mais algumas palavras com o professor/ mau – humorado, eles se abraçaram e ela desceu. A porta do ônibus se fecha deixando o João na faculdade.
Minutos depois a nossa amiga mais solidaria recebe uma mensagem dele no celular: “Desculpe se causei algum mal, boa viagem! Muito obrigado!”
Até hoje num gosto muito do João e sempre lembro os transtornos que ele me fez passar, ah! Sem contar que a menina que iria ser deixada veio perguntar se o professor/ mau – humorado queria que ela não fosse por causa do menino da engenharia (essa última palavra foi proferida num tom bem de menosprezo), mas apesar disso tudo sempre que o vejo não deixo de pensar o quanto ele foi determinado, pô o cara correu que nem doido só pra ir pra cidade dele, esse titulo é bem merecido nesse caso.
A resposta do por que o professor/ mau – humorado fazer tudo isso, penso que ele não calculou as coisas muito bem e depois não sabendo o que fazer, ficou nos enrolando para ele ganhar tempo e nos fazer perder o nosso, ou pode ser só porque ele é mau – humorado mesmo. Ainda hoje fico tentando descobrir isso e, talvez quando tiver coragem ou estiver me formando eu pergunte isso.
Obs.: pra quem ficou pensando: “Ah! Coitado tava com saudade da família e não pôde vê – los” eu digo: “- Menos gente!”, na verdade ele queria ir ver a namorada, fato esse que só descobri durante a viagem.
É meu povo fazer faculdade pra mim é uma loucura total!
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