segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O João ou o Menino da Engenharia – Parte I

Como todo mundo que já fez ou faz faculdade sabe, sempre é necessário ter contatos espalhados pela universidade, mesmo que você tenha alguma rixa com o curso do individuo é necessário as vezes que se passe (ou finja) por cima disso, pois nunca se sabe quando precisará de algum favor e, é esse o caso de hoje!
No começo do semestre eu e minhas amigas estávamos fazendo nossa “voltinha” na hora do intervalo quando de repente fomos interceptadas por um menino. ele era meio loiro, com um pouco e olheiras, nariz um pouco avantajado, sotaque arrastado do sul, cerca de 1,75m de altura e não muito atraente (apesar que esse fato não tem muita relevância aqui) e fazia engenharia de produção.

Obs. Pra quem é da área de humanas sabe muito bem o quanto nós detestamos o povo de exatas, pois no geral (nem todo mundo) eles acham que agente simplesmente NÃO ESTUDA e, isso é um grande fator pra agente não se bicar.

O caso é que o menino era de Curitiba e estava morando aqui com a avó para estudar na federal e não como não tinha dinheiro para visitar a família resolveu sair pedindo dinheiro por toda faculdade. Nós, com dó dele demos algumas moedinhas em troca de algum favor futuro.
Após um bom tempo o encontramos novamente no seu habitat usual, com seus amigos com cara de "nerds" da engenharia, mas que na verdade não fazem muito além de dormir na aula e jogar Nintendo no CA, nos cumprimentamos e perguntamos da viagem, ele agradeceu a ajuda e conversou um pouco com agente.
Com o passar do tempo nossos encontros se tornaram mais freqüentes e sempre o lembrávamos do favor que ele nos devia.
Chegou novembro e agora precisávamos desse favor para um trabalho. A tarefa era simples: responder um questionário/ pesquisa e levar alguns para os amigos nerds dele. nessa mesma semana, por acaso, iríamos a Curitiba (você encontra um breve resumo no post anterior).
Não sei como exatamente ele descobriu isso e, assim nos pediu se podia ir junto (ou seja, pegar carona), mais um pequeno favor. Como não tínhamos o poder de decisão para isso indicamos o professor/ mau – humorado responsável pela viagem.
Ele apareceu na quinta – feira (1 dia antes da viagem) na nossa sala para falar com o professor/ mau – humorado, o qual o encaminhou para o coordenador que o encaminhou para a gerência. Todos (exceto o professor/ mau – humorado) concordaram e fizeram os devidos tramites burocráticos para isso, tudo estava a favor do João... Ou não, pois faltava ainda o professor/ mau – humorado.
Na manhã da viagem, quando tudo estava resolvido uma menina do curso, mais especificamente da minha sala, resolveu ir também à viagem, porém com o João teríamos 45 pessoas num ônibus que cabem apenas 44 pessoas... E foi ai que nossos problemas começaram...

Continua...

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