quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Transporte público #1

Hoje estava indo para a facul, pensei que seria mais um dia, mais um simples dia... Pegar ônibus, metrô ´na linha vermelha e chegar na sé pra trocar pra linha azul e enfim chegar as 7:45hrs na facul, porém como todos os paulistas sabem, com exceção dos filhinhos de papai ou dos que deram a sorte de morar num lugar e trabalhar ou estudar por lá msm sem ter que pegar transporte público, é uma pindaiba danada pegar transporte a essa hora!
Como todos os dias, por volta das 7:15hrs eu estava na estação Belém do metrô, agora eu descobri que a essa hora exata passa um trem vazio (praticamente), e foi o que aconteceu, porém como qdo eu cheguei a estação já estava muito cheia não consegui entrar e esperei o próximo trem, "ele" veio cheio como de costume, mas mesmo assim consegui me espremer e entrar ficando com minhas nádegas bem juntinhas a porta.
Na segunda estação (Bresser) desceu um monte de gente e até consegui um lugar ao sol, o qual minha mão direita (sim aquela q esta inchada por causa da enfermeira) achou um lugar pra segurar... eu fiquei até meio felizinha sabe?! (ainda por cima tinha um carinha bem bonitinho até bem perto! rsrsrs) Porém minha alegria estava prestes a acabar...
Na estação Brás que faz tranferência gratuita com os trens da CPTM entram no metrô um tipo de pessoas que eu costumo chamar de cavalaria! São aquelas pessoas que preferem perder a vida a perder o trabalho, portanto entram no vagão com o maior desespero do mundo como se a plataforma de embarque/ desembarque estivesse pegando fogo ou então como se eles precisassem urgentemente sair de lá por qualquer outro motivo!
A cavalaria entrou com tudo hoje (sem malicia), espremendo todos... e ainda por cima teve um cara que estava tentando usar a "diplomacia" feudal para que o resto de sua espécie pudesse também entrar no trem. Foi mão pra cá, perna pra lá, e um amontoado de gente carinhosamente aglomeradas, estava uma maravilha!!!
Do nada o cara ao meu lado, (ou sei lá aonde ele tava) diz: "- Nossa meu livro vai virar uma resvistinha assim!", não me aguentei e comecei a rir... óbvio!

E resolvi colhetar algumas frases célebres ouvidas no transporte público lotado pela manhã, ai vai algumas:

"- Não nasci pra ser sardinha!" (trem da CPTM)
"- Alguém me apalpou!" (sério? quem??)
"- Ai meu suquinho!!!" (minha amiga, qdo leva suco de caixinha pra facul)
"- Me dá uma licencinha?" (se eu pudesse...)
"- Dá um passinho pro fundo que cabe!" (o cobrador que está sempre confortavelmente sentado olhando toda a cena!)
"- Pessoal, todo mundo precisa ir trabalhar!" (sérioooo??? Pensei que td mundo gostava de se espremer pra ir pro circo!)
"-  Deixa eu tentar passar por que vou descer no próximo!" (tudo bem se você conseguir...)
"- Pessoal , um passinho pro fundo por favor!" (COMO???)
"- Dá até vontade de ser lésbica!" (meu amigo Geraldinez)
"- Pode subir que cabe!" (Aonde? Na sua cabeça???)
 E pra finalizar o motorista:
" - PESSOAL VAMOS DESCER QUE O CARRO QUEBROU!"

É duro morar em São Paulo viu!

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Qualidade da Percepção humana

Hoje acordei normal, mas quando estava no ônibus indo pra faculdade comecei a sentir muita dor de estômago... pra quem nunca pegou ônibus que vai pro metrô às 6:30hrs, saiba que é muitooo cheio e bemmm TENSO (cm diria um amigo meu)!
Eu lá com aquela cara de comeu e não gostou (e realmente num tava gostando nada mesmo!), quase suando, com a mão na barriga e respirando bemmm fundo pra ver se passava, após uns 5 pontos percebo que ninguém tava reparando que eu estava passando mal! (ou estavam fingindo), então resolvi descer.
Liguei pra minha casa e fiquei esperando minha mãe chegar no ponto em que tinha descido, após + ou - uns 30 minutos o corsa prata dela encosta para eu entrar (Obs.: Não comprem carro prata, pois aqui em São Paulo devem existir apenas carros pratas... :S).Eu no auge da minha dor fui gentilmente levada ao médico e sem direito a reclamações!
A médica que me atendeu era muito legalzinha, o único problema era que ela estava super afim de conversar e contar da vida dela e, eu nem um pouco afim de ouvir, afinal EU ESTAVA COM DOR!! Após uns 15 minutos ou mais (estava totalmente sem noção de tempo!) fui gentilmente encaminhada para a enfermaria.
Ao me sentar na cadeirinha do soro (achando que ia tomar via oral (santa ignorância)), a enfermeira perguntou aquelas coisinhas básicas tipo: " - Você tem alergia a algum medicamento?", eu verde já respondi que sim, mas não lembrava qual (de fato não lembro msm!) observando o cara ao lado vi que aonde o soro dele estava havia uma bolona enorme, a qual a enfermeira notou após uns 5 minutos. A minha frente tinha um senhor muito simpático que ficou conversando comigo através de pequenos olhares bem signiicativos.
Após um certo tempo (que eu não faço idéia de quanto), a enfermeira me vem com uma substância amarela misturada com uns 500ml de soro, na hora arregalei meus olhinhos quase chorando e gritando por socorro. O senhor a minha frente ficou com aquela cara de dó e disse: " - Nossa vai demorar heim!", eu só consegui dar um meio sorriso e concordar com a cabeça olhando tristemente pro soro.
(detalhe: O soro dele era cerca de 3 vezes menor que o meu!)
Quando a enfermeira veio colocar o soro eu disse com o mesmo sorriso verde (num tinha como ser amarelo):
" - Você pode por favor colocar na mão?Porque nunca acham minha veia do braço e quando acham estoura!"
"- Mas aqui dói muito... não vai estourar não!"
¬¬
Simplesmente ela num conseguiu nem tirar 1 ml de sangue meu... e ainda disse:
"- Nossa num sai sangue! Que estranho!"
Eu pensei: " tá vendo te avisei!"
Então ela tentou colocar na mão esquerda, o que também não deu muito certo, portanto faltando apenas o braço direito, ela se aventurou a ir diretamente na mão.
AHHH que alívio, doeu, mas pelo menos já estava lá.
Dormi, sonhei, acordei, vi umas 3 pessoas, dormi de novo, acordei vi outras 3 pessoas, etc... assim foi por quase 2 horas.
Enfim, acabou o soro, o outro enfermeiro veio tirar e me liberou!
Cheguei em casa e dormi o dia todo... E a lição que tirei de tudo isso que me aconteceu hoje é:
NUNCA ESPERE QUE ALGUÉM PERCEBA VOCÊ, POIS POR MAIS DRAMA QUE VOCÊ FAÇA NINGUÉM VAI TE DAR UM LUGAR NO ÔNIBUS AS 6: 30 HRS E A ENFERMEIRA JAMAIS IRÁ TE DAR ATENÇÃO QUANDO VOCÊ ESTIVER QUASE UM MORIBUNDO, POIS ELA ACHA SEMPRE QUE SABE MAIS DE VOCÊ DO QUE VOCÊ PRÓPRIO, MESMO QUE SEJA A PRIMEIRA VEZ QUE ELA TE VÊ NA VIDA!

Deixo aqui minhas sábias palavras, mas é sério gente! O povo não tem a menor capacidade de perceber quem está ao seu lado! FATO (novamente citação do meu caro amigo)

domingo, 27 de setembro de 2009

Saudades de quem não volta

Acabei de assistir o ultimo episódio da série :"Tudo o que é sólido pode derreter" (TV cultura), nessa série meu ex professor do cursinho faz o professor de literatura,sim ele era professor de matemática e ator ao mesmo tempo, eu digo que era porque ele faleceu recentemente e isso ta me deixando muito mal, sei lá eu gostava muito dele e... ele morrer foi um choque!
A noticia veio de uma forma estranha, já faz quase um mês, eu estava dormindo de tarde e de repente meu celular tocou, era um amigo do cursinho q faz facul no msm lugar q eu (IFSP), só q em curso diferente, estranhei pq ele nunca tinha me ligado apesar de eu ter o número dele e vice - versa; enfim, do nada ele disse q tinha algo chato pra me contar e qdo vi ele soltou: " - Lembra do professor Ivan do cursinho q agente queria ir ver?!" eu lembrava obviamente pq agente sempre falava dele, era nosso professor favorito! "- Ele morreu!", eu não consegui acreditar, achei até q ele tava me zuando, mas não eu descobri q era verdade!
E hoje vendo ele me deu até vontade de chorar, foi estranho, pensar que nunca mais ele vai voltar, nunca mais vou vê - lo, nunca mais... a morte é tão assim: NUNCA MAIS... acho q é a única coisa q nos impede de fazer algo a mais, a única coisa q acaba com tudo. Agora ele é só uma lembrança de algo que existiu, só isso!
Uma pessoa tão grande de alma reduzida ao pó...
É triste!

Cansadinha

Genteeee!!! Faculdade cansa demais!
Hoje, domingo, fui pro pico do jaraguá a fim de fazer um trabalho para a facul... ta certo q foi super legal e tals, mas fiquei tãoooo cansada q num to me aguentando e ainda por cima minha mão ta doendo (acho q machuquei! =\).
Por isso hj to com esse post podre... uahuahuhahu
Fazer oq?! vida de universitária é assim...

sábado, 26 de setembro de 2009

Falta, falta, falta...

Mew quem nunca teve problemas com dinheiro???
Dá muita raiva hoje em dia... sempre agente tem essa febre de consumir e consumir cada vez mais! É muitooo ruim isso.
Eu, por exemplo, nunca tenho dinheiro quando preciso de algo... meus pais que me bancam e eu já tenho 20 anos, só q cm to fazendo facul fica dificil arrumar um trabalho q dê pra conciliar, é uma droga!Hoje meu fone do MP4 resolveu após 2 anos pifar (tb já tava na hora), só q bem agora q eu to sem money?! Tá certo q a Santa Ifigênia é logo ali, mas pô um fone razoavel é uns R$10,00, e nem pra isso to podendo!
Isso é mto ruim msm!!! E quando num é falta de grana é falta de tempo ou algo q o valha!
Acho q na verdade quando se é jovem se quer muitas coisas ao msm tempo (eu pelo menos sou assim), por isso sempre ta faltando!
Eu queria/ precisava era ganhar uns R$10.000,00 e ter uns 30 dias pra fazer nada, só assim eu acho q num ia sentir essa "falta"... ta certo q naturalmente iria sentir falta dos amigos, familia e etc... (pq dinheiro num supri tudo), mas q seria muito bom ficar isolada e com dinheiro pra fazer o q eu quero e o que eu julgo q me falta isso seria!
¬¬
" Ó céus, ó vida, ó dor..." rsrsrsrsrsrs

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Palavras

Hoje estava ouvindo música no ônibus logo de manhã (pra variar... hehehe), então eis que meu MP4 chega a "Sem Palavras" do Móveis Coloniais de Acajú (recomendo também)... Pra quem não conhece a letra fala de sentimentos que não achamos palavras para explicar, outro dia até entrei  numa comunidade do orkut: "sentimento sem nome" rsrsrsr, mas é verdade! Pensa, tem coisas que agente pensa que simplesmente não sabemos o que significa.
As vezes me pego pensando em certas pessoas e na verdade eu num faço idéia o que sinto por elas, tem uma outra música do Ludov que também trata do assunto, mas num lembro qual! Enfim, sempre tem aquele sentimento que agente num consegue explicar e eu me sinto SEMPRE assim, é muito estranho, acho que é até por isso que eu gosto muito de ouvir música.
Música nos dá aquela sensação de desabafo, de colocar pra fora aquilo que não se diz com palavras, acho também que deve ser por isso que as vezes agente usa aquela expressão: "faço minhas as suas palavras", porque não sabemos o significado do q estamos pensando e alguém externa ele.
(EU ACHO NÉ?!)
Ai vai a letra pra quem não conhece (se é que alguém vai ler isso, rsrsrsrs) pra explicar melhor oq to pensando:

Sem Palavras

Móveis Coloniais de Acajú

Eu sei que nada tenho a dizer,
Mas acabei dizendo sem querer
Palavra bandida!
Sempre arruma um jeito de escapar (hum!)

Seria tudo muito melhor
Se a música falasse por si só
Dá raiva da vida
Nada existe sem classificar (não!)

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz

Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?

Diria mudo tudo o que faz
Minha vida andar de frente para trás
Uma frase perdida
Num discurso feito de olhar

Penso, tento
Achar palavras pro meu sentimento
Tanto é pouco, nada diz
Não é triste, nem feliz
Mesmo sendo
Um pranto, um choro ou qualquer lamento
Nada importa, tanto faz
Se é pra sempre ou nunca mais

Não é medo, nem é riso
Não é raso, não é pouco, nem é oco
Não é fato, nem é mito
Não é raro, não é tolo, não é louco
Não é isso, não é rouco
Não é fraco, não é dito, não é morto
Não, não, não, não!

Eu sei que nada tenho a dizer
Pensei em mil palavras, e enfim
Seria tudo muito melhor
Pensei
Seria
Se um dia alguém puder me entender

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Apresentação

Ontem foi meu aniversário e confeso que isso não estava me animando muito, mas fazer o que se sempre tem alguém que vai lembrar e sempre vai ter alguém que vai fazer questão?!
Normalmente eu adoro fazer aniversário, mas esse ano estava estranho... no fim foi até legal pensar que estou aqui fazendo volume nessa imensidão e que de alguma forma isso faz diferença em algum lugar que não sei muito bem onde que é ainda. Calhou também de eu ter acabado de ler: "O Dia do Curinga" de Jostein Gaarder que é estremamente reflexivo e filosófico (vale a pena ler, mais do que recomendado) o que me fez perceber o quanto tudo isso de certa forma é relevante e importante. Pensar que um dia estava numa barriga cheia de água e que era de lá que eu tirava o meu sustento, e que se não fosse a sobrevivência dos meus antepassados que óbviamente foram sobreviventes em suas respectivas épocas eu não estaria aqui hoje!
Tudo isso me passou pela cabeça e hoje exatamente as 15:08 hrs do dia 24 de Setembro de 2009 resolvi escrever tudo para registrar pensamentos que só eu conheço...
Ontem também pude perceber tudo o que me aconteceu de um ano pra cá, tudo o que mudou, tudo o que continuou, tudo que eu pensei, desejei e esperei até aqui; muitas coisas me surpreenderam e o fato maior foi: De quem eu esperava eu fui lembrada e de quem eu não esperava eu não fui lembrada, ou seja, SEM GRANDES SURPRESAS!Além do fato de alguns amigos me quererem tão bem... Isso foi bom porque vi a verdadeira relevância da minha existência para uns e outros.
E hoje, apesar da alegria de ter pessoas incríveis ao meu redor, me sinto como a Capitu em " Dom Casmurro" OLHOS DE RESSACA... como quem se perde na vida e não sabe o que virá.