terça-feira, 30 de março de 2010

Sentimentos

Penso demais, penso em coisas improváveis tais como a probabilidade de perder uma agulha no metrô e alguém que eu conheça acha – lá, penso em pessoas que eu vejo na rua que talvez de uma forma ou de outra me conheçam ou estejam de alguma forma (holisticamente) ligadas a minha vida, isso de certa forma é a minha paranóia que escrevi num post mais antigo.

O caso todo de hoje é que não sei por que, pensei pensamentos inadequados que me machucam, coisas que eu gostaria de esquecer ao invés de ficar formulando milhões de hipóteses para piorar a situação.

Não sei exatamente porque estou escrevendo tudo. sinceramente gostaria de ter uma resposta. Mas hoje não a tenho, talvez por ter pensado demais nisso tudo (tudo o que é ruim pra pensar) e por outro lado por ver coisas demais, aonde pode ser que existam ou não...

Senti-me triste com isso tudo e, lendo um blog que eu acompanho sempre descobri que não sou apenas eu assim, mas uma infinidade de pessoas que agente nem imagina.

O bom de ter um blog nessas horas é que você pode mostrar pro mundo esse seu lado deprê ou sentimental demais, sem sentir o peso dos olhares ou pensamentos negativos a respeito disso!

E como eu acabo de ler: “Qual é a graça de ter um blog se você não coloca um pouco de você”... Afinal um blog, nada mais e que um pedaço de você mesmo, um pouco do seu coração.

Deve ser bem estranho pra quem me conhece ler esse tipo de coisa a meu respeito, porque normalmente uso a máscara do humor, sarcasmo e muito de sadismo, mas hoje resolvi mostrar um pouco de mim, um pouco do meu coração... Um pouco do que meus olhos vêem, minha alma absorve, minha mente processa (ate demais) e por fim agora venho a me expressar.

Sei que de tudo isso, tudo o que pensei e senti me deixou triste... Um sentimento de solidão, porém me senti melhor ao ler isso em outro lugar... Um alivia que só quem sente pode saber!

Bom, é isso...



FIM



PS: talvez seja chato ler tudo isso, ou mesmo não faça sentido nenhum pra vocês, mas precisei do fundo do coração disso!

PS 2: o “FIM” é só do texto não do blog ok?!

segunda-feira, 22 de março de 2010

A dona do sex – shop

Estava indo embora da faculdade para casa na semana passada, andava normalmente e ia em direção ao meu alivio: o metrô das 14hrs, pois por volta desse horário adoro andar de metrô, porque é simplesmente vazio. Enfim, (curiosidades a meu respeito à parte) logo que cheguei à estação fui requisitada para informações (aliás, pela segunda vez no dia) por uma senhora de meia idade com a pele bronzeada e o cabelo loiro curto tingido meio Ana Maria Braga. Até ai OK, quase todo dia as pessoas não usuárias freqüentes de metrô necessitam de informações. Instrui a moça, que por acaso iria pegar a mesma linha que eu (linha vermelha sentido Corinthians – Itaquera).

O que foi estranho é que ela foi me acompanhando pela plataforma e começou a puxar assunto com a seguinte frase:

“- você já foi num sex – shop?”

Eu meio sem graça falei que nunca tinha tido a curiosidade e tentei encerrar por ai, porém ela não permitiu, começou a me contar que era dona de um e, assim ela começou a me dar altas “dicas”, que segundo ela todas as mulheres tinham dúvida e que com certeza iriam me ajudar. Fiquei bem sem graça, mas não quis cortar o assunto, mesmo porque tinha tido um dia difícil e ela estava me deliciando com o seu modo de falar e agir.

Assim fomos ao longo do percurso... Ela falava, eu ouvia (ou fingia) e ria e ela continuava falando cada vez mais eufórica.

Chegou a um ponto que ela deu uma de vendedora (na verdade ela era vendedora) e começou a me dar descrições um tanto quanto detalhadas de seus produtos tais como: modo de usar, como e quando e pra quê serviam tais “brinquedos”, sempre falando a fatídica frase: “Porque é assim que eu trabalho entendeu? Eu ajudo minhas clientes, etc.” eu morri de rir depois, é claro, mas na hora fiquei um tanto envergonhada.

Por fim, me deu seu cartão e falou para “qualquer coisa eu ligar pra ela”... Agora eu me pergunto: “Eu tenho cara do quê afinal?”.

Uhahahah, bom esse foi com certeza a coisa mais estranha que eu já passei, mas também foi extremamente divertido.

terça-feira, 9 de março de 2010

A viagem

Não conseguia se destacar na multidão, para ele a vida era sempre igual, sempre rotineira, sempre monótona. Nunca fora bom em nada...

Também não conseguia ser diferente disso, não conseguia mudar, inovar, se aventurar, vivia na monotonia...

Resolveu viajar, mudar, inovar, aventurar, sair da rotina. Foi para o Chile, um lugar exótico, novo e agitado, afinal talvez novos ares mudariam tudo.

Percebeu o quão bom era se afastar da sua vida, que ele o odiava, se afastar do grupo, da sua tribo, do seu habitat, do seu mundinho, sua rotina. O fato de ser diferente era utópico ao seu ver, distante, mas agora parecia ser SUA vida, ser real... Enfim, diferente.

Achava que um dia deveria voltar, pois só então sua viagem teria sido eficiente, ele mostraria para todos seu novo eu, mostraria para o mundo, o seu mundo que havia mudado, que estava diferente, que saíra da toca de sua monotonia...

Diferente!

E depois de tais devaneios em meio ao transito parado na avenida paulista, chegou em casa, pegou a mala velha e empoeirada, as melhores roupas e partiu... Sem rumo, sem destino, sem um lugar. Simplesmente sumiu, fugiu, mudou.

Apenas com uma idéia na cabeça: “Ser diferente!”.